É uma revelação cotejar o post "Ode ao nabo" no blogue Corta-Fitas com o post "Ode ao nabo" no blogue Cinco Dias. No primeiro, por exemplo, lê-se:
«O amor do nabo é pois um privilégio da idade, a nossa vingança sobre o triunfalismo vital das criancinhas ignaras».
Escrito no blogue Corta-Fitas, esta frase é um mero exercício de estilo: um elogio retórico de um tubérculo que, como o CDS/PP, é rico em cálcio e pobre em reputação. No blogue Cinco Dias, por outro lado, escreve-se o seguinte:
«O amor do nabo é pois um privilégio da idade, a nossa vingança sobre o triunfalismo vital das criancinhas ignaras».
O amor do nabo... um privilégio da idade: a ideia é assombrosa. Ao contrário do António Figueira do blogue Corta-Fitas (um leigo talentoso, mas pedante), o António Figueira do blogue Cinco Dias entalou entre um post sobre "excluídos" e outro sobre o "pensamento ideológico neoliberal" uma metonímia perfeita sobre o que implica crescer politicamente, sobre aprender a respeitar os inevitáveis compromissos que balizam esse percurso, sobre, inclusivamente, aprender a respeitar um quinze no blackjack contra um dez do dealer quando a true count vai em +6. Está ali a civilização ocidental, no post "Ode ao Nabo" do blogue Cinco Dias. (No outro não, está só outra coisa mais pequenina).
«O amor do nabo é pois um privilégio da idade, a nossa vingança sobre o triunfalismo vital das criancinhas ignaras».
Escrito no blogue Corta-Fitas, esta frase é um mero exercício de estilo: um elogio retórico de um tubérculo que, como o CDS/PP, é rico em cálcio e pobre em reputação. No blogue Cinco Dias, por outro lado, escreve-se o seguinte:
«O amor do nabo é pois um privilégio da idade, a nossa vingança sobre o triunfalismo vital das criancinhas ignaras».
O amor do nabo... um privilégio da idade: a ideia é assombrosa. Ao contrário do António Figueira do blogue Corta-Fitas (um leigo talentoso, mas pedante), o António Figueira do blogue Cinco Dias entalou entre um post sobre "excluídos" e outro sobre o "pensamento ideológico neoliberal" uma metonímia perfeita sobre o que implica crescer politicamente, sobre aprender a respeitar os inevitáveis compromissos que balizam esse percurso, sobre, inclusivamente, aprender a respeitar um quinze no blackjack contra um dez do dealer quando a true count vai em +6. Está ali a civilização ocidental, no post "Ode ao Nabo" do blogue Cinco Dias. (No outro não, está só outra coisa mais pequenina).
Queria poder discordar. Mas por onde?
ResponderEliminarMais uma referência críptica ao blackjack e perderás metade dos teus leitores.
ResponderEliminarPelo menos se não a explicares bem explicadinha..
ResponderEliminarNunca cotejar António Figueira com António Figueira porque, para louvar um, teria de agredir o outro. É este um dos meus princípios de vida, e tenho-me dado bem. Já quanto ao outro António Figueira, que se foda.
ResponderEliminarSim, mas... em ambos os casos lê-se 'nabo' no sentido fálico, certo?
ResponderEliminarJá deixas instruções de leitura nos títulos e o caralho... De cada vez que leio um texto teu (acontece raramente) surpreendo-me. Muito bem, pá.
ResponderEliminarUm abraço,
V.
Casanova,
ResponderEliminarSó há lugar para um borgesiano em Campo de Ourique, e não és tu: beware.
Ass.: O Filho de Campo de Ourique
Não há qualquer problema com a situação de Campo de Ourique. Posso assegurar que nunca estive em Campo de Ourique na minha vida inteira, nem sei como lá chegar. Aliás, tirando a Graça e o Príncipe Real, não sei chegar a nenhum sítio em Lisboa que não esteja a um máximo de cinco minutos de uma estação de metro. Durante anos achei que a Praça das Flores era um mito urbano, mas recentemente consegui descobrir a sua localização em menos de três horas (algo que nunca vai acontecer com o Campo Mártires da Pátria, por exemplo). Bom, agora tenho de ir jogar blackjack.
ResponderEliminarsó uma pessoa com uma vida muito triste pode associar as iniciais bj a black jack. parece ser o caso.
ResponderEliminarO Casanova é o mais borgesiano dos praticantes de orientação terrestre por Lisboa. O Campo mártires da pátria não é aquele onde está o busto do doutor sousa martins? É só seguir o mulherio que sai das caminetes de carreira.
ResponderEliminarPedro