Aqui há uns anos, depois de alucinar pela primeira vez o arco-íris da gravidade, diverti-me imenso a explicar aos fãs do Trainspotting que a famosa cena do mergulho na retrete (a cena preferida de muitos) não era mais que um decalque da imaginação sobrenatural do Homem Invisível.
Na mesma altura, durante o meu breve período como membro da Pynchon Mailing List, troquei alguns e-mails com um tipo da Califórnia, um Pynchoniaco de primeira linha, que me confessou andar desde os anos 80 a organizar uma concordata que cruzava mais de 900 referências obscuras do livro com as suas fontes originais. O labor tinha-o transformado num perito em campos tão diversos como a poesia de Rilke e a banda desenhada dos anos 30 e 40 (desde que tivessem qualquer relação com Gravity's Rainbow).
Algo embaraçado pela relativa indolência da minha obsessão, tentei mudar de assunto e partilhei a minha campanha para corrigir os fãs da cena da retrete, versão Ewan McGregor. A sua resposta - pronta e creio que genuína - veio no mail seguinte:
"Trainspotting? What's that, a movie?"
sábado, julho 29, 2006
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