sábado, setembro 30, 2006

Comadres

O mundo literário também é pródigo em confusões, mas começo a acreditar que os anos de ouro já lá vão. Onde estão os sucessores de Norman Mailer, que passou décadas gloriosas a esfaquear esposas e a pregar valentes cabeçadas a Gore Vidal em festas novaiorquinas?
No The Guardian de hoje, Salman Rushdie (na minha lista negra desde o ridículo Fury) reagiu publicamente pela primeira vez a uma crítica mordaz que John Updike fizera ao seu (igualmente ridículo) Shalimar the Clown, nas páginas da New Yorker. A peça em questão abria com uma pergunta retórica: "Why oh why did Salman Rushdie in his new novel call one of his characters Maximilian Ophuls?", nome que deixa implícita uma referência ao homónimo realizador alemão que o resto do livro não desvenda. Descuido? Prestidigitação?
A resposta de Rushdie: "A name is just a name. 'Why oh why?...' Well, why not? Somewhere in Las Vegas there's probably a male prostitute called 'John Updike'."
Até nem é má, a resposta. Mas - ladies, is that the best you can do? Alguém lhes dê dois tacos de baseball, se faz favor.

Sem comentários: