O vencedor é anunciado daqui a uma hora. Fazendo fé nos melhores indicadores de intenções da Grã-Bretanha (as agências de apostas) os Arctic Monkeys serão os galardoados de 2006. E justamente, embora eu tenha atribuído, a título particular, uma sentimental menção honrosa ao álbum de duetos da Isobel Campbell e do Mark Lanegan (especialmente pela faixa "The False Husband", que é soberba).
Os juízes do Mercury têm, contudo, um longo cadastro de decisões injustificáveis, das quais se redimiram parcialmente nos dois últimos anos. Mas há quem tenha deixado de levar o prémio a sério em 1997, quando o Ok Computer foi considerado menos brilhante que um álbum do Roni Size. Tão ou mais grave, na minha opinião foi terem preferido o Bring it On dos Gomez ao Mezzanine dos Massive Attack, ou terem premiado em 2002 um banalíssimo naipe de clichés hip-hop - Ms Dynamite - em detrimento do melhor álbum a saír de Liverpool desde Ocean Rain - o homónimo álbum de estreia dos excelentes The Coral.
Este ano, as possibilidades de espalhanço são reduzidas. O prémio não ficaria mal a nenhum dos cinco álbuns nomeados que conheço (Monkeys, Campbell/Lanegan, Gillemots, Hot Chip e Thom Yorke) e até os Muse - nos quais não vejo nem ouço nada de especial - editaram o que dizem ser o seu melhor disco.
Às 21 horas saberemos. Mas, parafraseando Darwin, o dinheiro inteligente está mesmo nos macacos.
terça-feira, setembro 05, 2006
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