(Animais Domésticos)
Não nego que seja um problema agudo, mas está tudo na escolha. As edições Excellence da Lindt fazem jus à etiqueta, e a sua célebre barra com 85% de cacau é talvez a melhor para entrar em contacto com antepassados através de visões. (Só recomendo atenção no processo, pois entrar em contacto com os antepassados de outra pessoa pode estragar-nos o sossego. Há quem jogue pelo seguro, e encomende a menos célebre barra com apenas 70% de cacau).
Depois temos a satânica sedução da Valrhona, marca que não consumo há mais de cinco anos, mas apenas por ter medo, muito medo. Em 2002, engoli uma mão cheia de rectângulos da linha Ampamakia, e andei dias seguidos a fugir aos Elder Gods, como um pobre académico de New England num conto de Lovecraft.
Para impulsionar a produção literária (e ignorando a patética sugestão do Coupland, claramente um amador nesta matéria) creio ser difícil bater a Chekhov Cherry Bar. A última que saboreei resultou num poderoso conto de 16 páginas passado numa dacha em Gursuf. Terminava com a frase: "Lá fora chovia", imagem que nunca me teria ocorrido sem o auxílio da Chekhov Cherry Bar.
Não nego que seja um problema agudo, mas está tudo na escolha. As edições Excellence da Lindt fazem jus à etiqueta, e a sua célebre barra com 85% de cacau é talvez a melhor para entrar em contacto com antepassados através de visões. (Só recomendo atenção no processo, pois entrar em contacto com os antepassados de outra pessoa pode estragar-nos o sossego. Há quem jogue pelo seguro, e encomende a menos célebre barra com apenas 70% de cacau).
Depois temos a satânica sedução da Valrhona, marca que não consumo há mais de cinco anos, mas apenas por ter medo, muito medo. Em 2002, engoli uma mão cheia de rectângulos da linha Ampamakia, e andei dias seguidos a fugir aos Elder Gods, como um pobre académico de New England num conto de Lovecraft.
Para impulsionar a produção literária (e ignorando a patética sugestão do Coupland, claramente um amador nesta matéria) creio ser difícil bater a Chekhov Cherry Bar. A última que saboreei resultou num poderoso conto de 16 páginas passado numa dacha em Gursuf. Terminava com a frase: "Lá fora chovia", imagem que nunca me teria ocorrido sem o auxílio da Chekhov Cherry Bar.
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