Na sua colecção de pequenas biografias de escritores, Javier Marías fala na irascibilidade eslava de Conrad, ilustrada com este ternurento exemplo: quando deixava cair ao chão a caneta com que escrevia, Conrad «dedicava vários minutos a tamborilar exasperado na mesa, à maneira de lamentação pelo acidente».
Só podemos especular sobre o desenvolvimento da carreira literária de Conrad caso tivesse tido o privilégio de se confrontar diariamente com o Windows Vista.
2 comentários:
Nem a propósito, Casanova. Conrad tem uma linhas excelentes acerca de uma taça redonda que está sobre um móvel, onde, diz ele, estão depositados todos destroços da vida de um homem. É o que sinto quando olho para a balbúrdia de atalhos no meu "desktop".
Tu leste isso Rui? muito me surpreendes...
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