Tenho tantos, mas tantos problemas com este texto que o mais provável é que nunca comece a confessá-los. Uma pessoa deixa passar a ligeira sugestão de desonestidade em pelo menos duas conclusões. Uma pessoa deixa até passar a gritante confusão conceptual com um termo de Shklovsky. Uma pessoa deixa passar essas coisas todos os dias, no fundo, neste mundo cão. O que é realmente revolucionário no texto, suficientemente revolucionário para inaugurar novos canais de transpiração intelectual na minha pessoa, é o facto de ser o primeiro texto de James Wood com um parágrafo completamente incoerente. Não digo qual é, evidentemente, porque primeiro tenho de decidir o que é que vou fazer à minha vida. O primeiro passo será talvez admitir que estou muito, muito errado em relação a isto tudo e que James Wood tem toda a razão.
quinta-feira, maio 21, 2009
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11 comentários:
Li esse texto em tempo útil (como comprova um comentário que aqui deixei nesse mesmo tempo útil, biltre) e portanto não ponho as minhas mão no fogo pela minha memória; mas se me lembro, o que Wood faz nesse texto é «acusar» McEwan de, enquanto narrador, «saber coisas» sobre a narrativa que nós, enquanto leitores, ainda não sabemos. Enfim, ainda não estás em Hay-on-Wye?
«ainda não estás em Hay-on-Wye?»: esse parágrafo de Wood não é a única coisa a não fazer sentido por aqui.
Confusão conceptual com Chklovsky?
Abraço.
ou isso ou bananas
Das duas uma: ou andas muito ocupado ou muito preguiçoso. Quero um novo post por dia! Faz favor.
Cadê o post de hoje?
Está nos devendo uma enormidade de posts senhor Casanova. Abraço.
Apesar de tudo, com muita amizade:
http://ler.blogs.sapo.pt/422441.html?view=611625#t611625
Casanova, informa por favor: a quantos comentários terá isto que chegar para saíres do teu torpor? 100? 150?
Ó Casanova, já leste o ensaio que o Wood escreveu sobre o George Steiner?
Estou a ler, e a ficar sem testa, as sobrancelhas chegam-me à linha do cabelo...
Até agora já lhe chamou de pomposo, idólatra da grandiosidade, enumerador de génios with a indefinite article (a Mozart, a Flaubert...), e escritor envergonhado das suas capacidades retóricas. Parece que já o Nabokov lhe havia apontado a vaguidade e vacuidade.
Aquela história de deuzdoscéuz ter pegado em barro para fazer o Adão deu cabo disto tudo, à custa dessa brincadeira... olha a quantidade de gente com feet of clay.
Luck
Eu preciso de disciplina na minha vida, vocês têm toda a razão.
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