domingo, novembro 12, 2006

Cinco listas, cinco! (bis)

5 personagens ficcionais cujo nome começa por Q:

. Peter Quint (The Turn of the Screw)
. Mistress Quickly (Henry IV & The Merry Wives of Windsor)
. Alan Quatermain (King Solomon's Mines)
. Hank Quinlan (Touch of Evil)
. Margaret Quartertone (Gravity's Rainbow)


5 melhores livrarias da Grã-Bretanha:

. Maxine's, em Llangollen
. Foyles, em Londres
. Hay Cinema Bookshop, em Hay-on-Wye
. McNaughtan's, em Edimburgo
. John Sandoe Books, em Londres


5 feriados inexistentes:

. Dia dos Paradoxos de Zenão
. Dia do Colete de Forças
. Dia das Mil Astúcias da Raposa
. Dia da Imitação de Cristo
. Dia do Formalismo Russo


5 "cover versions" superiores aos originais:

. «You Tore Me Down», Yo La Tengo (original: Flamin' Groovies)
. «It's All Over Now, Baby Blue», Them (original: Bob Dylan)
. «Hurt», Johnny Cash (original: Nine Inch Nails)
. «Listen, the Snow is Falling», Galaxie 500 (original: Yoko Ono)
. «Needles & Pins», Ramones (original: The Searchers)


5 más ideias:

. inventar o Betamax
. publicitar a New Coke
. financiar o Heaven's Gate
. invadir a Rússia
. dar ouvidos à Serpente

7 comentários:

Samuel Úria disse...

"It's all over now baby blue" original é inigualável. Quanto ao resto estou de acordo.
(sou fundamentalista quase islâmico, don't mess with my God Dyaln)
Já agora, sabes como é que o aventureiro Alan Quatermain era chamado nas traduções portuguesas?

"Rogério Casanova" disse...

Eu gosto muito do original, mas aquela linha de órgão na versão do Van Morrison é que é inigualável.
Então e o "All Along the Watchtower"? Até um Dylanólatra concordaria que a versão do Hendrix é superior.
Catermão? Quatermálio? Alan Pimparote? Desisto.

Samuel Úria disse...

"Alão Quartelmar". Nem uma desconstrução pastoral-portuguesa seria mais bizarra.
Quanto às versões, mantenho o fundamentalismo, assumindo-o nesses conformes. Há músicos que para mim são Lei (o mau que fazem é melhor que o bom dos outros e tretas dessas). Só para expor a minha posição avanço um exemplo: eu que na adolescência muito ouvi a versão jeffbuckleyana do "Hallelujah" do Leonard Cohen, não a poderei achar (com critérios ou desprovido deles) superior à original. É que Cohen é Lei e ninguém faz melhor que Cohen. Garanto que há não-judeus nesta minha lista de intocáveis.

"Rogério Casanova" disse...

Se há fundamentalismo que eu aprovo enfaticamente é o musical. A minha Velvetolatria obedece a princípios doutrinários semelhantes. Por exemplo, é muito difícil não gostar de uma banda que faça lembrar, nem que seja vagamente, os VU. Mas sou incapaz de admitir (e chego logo a mão ao coldre assim que o sugerem) que uma composição desse grande judeu chamado Lou Reed possa ser melhorada por outro ser humano.
Agora defender que o "Bringing it All Back Home" e o "Knocked Out Loaded" são Tábuas da mesma Lei não me parece fundamentalismo. Parece-me é uma heresia - daquelas em que se confunde a apocrypha com o Cânone.

Samuel Úria disse...

"Under The Red Sky" ou o "Down in The Groove" são mais difíceis de engolir do que o "Knocked" Out Loaded" e não me desfaço deles por nada. Genialidade sem mediania é monotonia. E quem dera a muitos aquela mediania...
Mas já que falaste no Reed, talvez a minha mais antiga paixão, confesso que há coisa de uma década tive alguns problemas com o "The Bells", mas mais uma vez veio ao de cima a tal lógica de fundamentalismo pouco lógico: se eu não gostar de um disco do Reed quem está errado não é concerteza ele. Chamem-lhe falta de critério, eu chamo-lhe reconhecimento a quem elevou os meus critérios.

Samuel Úria disse...

...e enquanto não recebo a encomenda com o último do Waits, até já podia escrever uma crítica muito favorável ao disco. Para um protestante como eu, fé e certeza são conceitos pegados.

"Rogério Casanova" disse...

Acho que já nos entendemos. Há duas reacções possíveis ao ouvir mandamentos duvidosos: uma é pensar "que é esta merda?"; a outra é pensar "isto é bom - eu é que não sou digno".
E eu inclino-me para a primeira no caso do "Wiggle Wiggle" e para a segunda no caso do "Disco Mystic".
Se calhar reservo a minha intolerância para o Dylan por esperar dele nada menos que a perfeição permanente - na mesma linha em que os falhanços da Omnipotência custam e confundem sempre mais.
Sou um fiel protestante Reedeano, e um atormentado "lapsed catholic" Dylanesco.