Penso ser essa uma das razões do sucesso de Ricky Gervais (a outra é, obviamente, puro talento), que sublimou um tipo de comédia que força uma relação empática baseada na vergonha, e nos mostra que a maioria da humanidade vive apenas a um passo do ridículo. Numa entrevista à BBC, Gervais disse que ver um homem escorregar numa casca de banana pode ser engraçado, mas a comédia que lhe interessa é a do homem que escorrega numa casca de banana no preciso momento em que a ex-namorada passa do outro lado da rua, de braço dado com um homem mais alto e mais magro que ele.
E isto não é, como já li, "tratar os personagens com sadismo". Porque o sal está a ser meticulosamente esfregado também nas feridas de quem vê.
quarta-feira, agosto 16, 2006
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