quinta-feira, agosto 14, 2008

Genes

No último número da revista do filho do Paul Johnson, pode ler-se um texto sobre uma tradução da Eneida, que começa assim:
«Translating the Latin of Vergil’s Aeneid into English verse requires first a Trojan war of interpretation, and then an odyssey of re-encryption.»
O autor do texto chama-se Louis Amis, e uma fotografia sua (com seis aninhos) pode ser vista no livro Experience, de Martin Amis (que um dia escreveu, sobre o gajo do Silêncio dos Inocentes: «Harris has become a serial murderer of English sentences, and Hannibal is a necropolis of prose.»)
Kingsley, Martin, e agora Louis. Não faço ideia como é que esta transmissão darwiniana funcionou tão bem, mas o Jordi Cruyff e o Jakob Dylan cada vez têm menos motivos para não se matarem.

12 comentários:

Unknown disse...

Por cá temos o exemplo do Tony e do Mikael Carreira.

Lourenço Cordeiro disse...

Ou, por exemplo, os Waughs: Arthur, Evelyn, e Auberon (e a Wikipedia está aqui a assinalar-me o bisneto Alexander.)

Anónimo disse...

Genes? Essa experiência não está controlada. O João Miranda seria capaz de alimentar uma série de posts diários até ao Natal exclusivamente dedicada a desmontar a tua tese.

Girolamo Savonarola disse...

Funcionou bem mas, convenhamos, sem atingir a perfeição da replicação genética. As «capacidades literárias» da família Amis diminuiram sempre entre gerações.

p.s. Nélson e João Moutinho; António e Miguel Veloso; João V. e Tiago Pinto...

dorean paxorales disse...

Tenho que para mim três Renoir, com a vantagem da variedade de géneros.

Anónimo disse...

Vi, há dois dias, numa praia tradicional, três senhores de diferentes gerações clamarem a excelência deste blog depois do que voltaram a falar de Agustina, de parentescos e de heranças.

Anónimo disse...

Genes?

A experiência está mal controlada. Provavelmente o facto de haver muitos livros em casa, a ansiedade provocada pela fama do pai e o lubrificante que é o nome Amis chegam para explicar o fenómeno.

Anónimo disse...

A seco
http://nymag.com/arts/books/reviews/48933/

Artur Corvelo disse...

alex dumas e alex dumas, mais um caso flagrante

Ricardo disse...

Ou, por exemplo, os Waughs: Arthur, Evelyn, e Auberon (e a Wikipedia está aqui a assinalar-me o bisneto Alexander.)

Caro Lourenço, também podemos mencionar ainda a Daisy Waugh, neta do Evelyn, e que também escreve na revista aqui mencionada pelo Rogério, a Standpoint.

Na mesma revista ainda existe um filho de Paul Johnson (que é director da revista) e um parente do Christopher Hitchens. Só gente fina.

Não desgostava de ser sacrificado numa destas experiências genéticas com a Eva Green para verificar se os meus genes com os dela, dava uma filha com um décimo (já chegava) da beleza da Eva.

Lourenço Cordeiro disse...

Parente do Hitchens? Parente do Hitchens? Quem, quem? Parente?

Casanova, espero que esta prolongada ausência seja significado que a crónica da LER está a estagiar em barricas de carvalho. É isso e a fotografia. Oh sim, eu espero pela fotografia, eu espero pela... uah uah uah ah ah.

Ricardo disse...

Alexander Hitchens é o nome dele. Grau de parentesco não sei qual é, mas li não sei aonde que era parente e que escrevia umas coisas com piada. Mas ainda não li nada dele.